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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Amantes do futebol usam da criatividade para demonstrar sua paixão pelos times

Colecionismo e tatuagens são marcas na história de amor entre torcedores e seus clubes




Por Giovanna Menezes Faria



O futebol é um esporte que desperta as mais diversas reações em seus adeptos. Uma delas é a paixão desmedida pelo time do coração. E para demonstrar todo esse amor, os torcedores fazem loucuras e usam da criatividade para se sentir ainda mais próximos de seus clubes.

O designer gráfico, Raul Cioneski Sobota, 21, é torcedor do Atlético Paranaense e também um apaixonado pelo futebol internacional. Foi através do colecionismo que Sobota achou um meio de expressar o seu amor por esse esporte. Em 2011,ele começou a colecionar os ingressos dos jogos do Atlético e hoje já conta com cerca de 150, tanto de jogos realizados em Curitiba, como também em outros estados e países. Igualmente faz coleção de diversos cachecóis, principalmente dos times europeus. São mais de 40 cachecóis dos mais diversos países, incluído Israel, Sérvia e Eslováquia, que são os mais raros e difíceis de conseguir, principalmente por causa da barreira da língua explica Sobota. “Geralmente você consegue os cachecóis por troca, conversando com pessoas de lá mesmo. Eu envio um do Atlético Paranaense e a pessoa envia um lá da Eslovênia, por exemplo. Isso acaba se tornando um hobby bem bacana.”

Além de colecionar camisetas e outras peças de roupa do clube, o estudante Rodrigo Araújo, 23, escolheu marcar na pele toda sua paixão pelo Coritba Foot Ball Club. Araújo tem duas tatuagens do Coxa, uma na parte de trás da cabeça, feita aos 17 anos, e outra que cobre as costas com o símbolo do time e da torcida. Seu carinho pelo clube é antigo, desde 1996 quando era levado pelo pai para assistir os jogos do Coxa. “Resolvi fazer as tatuagens porque a torcida e eu já tínhamos uma ligação muito forte e tenho certeza que eu faço parte da história da torcida. Então resolvi eternizar fazendo a primeira tatuagem. ”

O psicólogo Roger Tonon, 38, explica que esses torcedores que colecionam artigos e fazem tatuagens da bandeira ou símbolo do time, geralmente são os torcedores comuns, que por meio do colecionismo idolatram seus clubes, buscando uma identidade e um preenchimento existencial. Esses se diferenciam dos torcedores fanáticos, que costumam fazer parte das torcidas organizadas e são mais agressivos, tendo um preconceito generalizado contra pessoas que torcem para outros clubes.


Elas também expressam suas emoções dentro dos estádios

Da calmaria ao ápice dos sentimentos, mulheres demonstram suas relações com os campos de futebol.

Por Ketlin Cristine



Segundo a pesquisa realizada pelo LANCE! Ibope em 2014, apenas 5,6% mulheres frequentam os estádios de futebol. A pesquisa ouviu 7.005 pessoas de todas as regiões do país. A porcentagem é baixa em relação aos homens, mas as que vão aos estádios representam a alma feminina no futebol, enfrentam sol e chuva para acompanhar o seu time.

A representante comercial Marion Rosa, 43, é sócia do seu clube do coração e frequenta os estádios de futebol há mais ou menos 14 anos. Para ela, o estádio representa o lugar oficial para extravasar todos os sentimentos. “Eu amo estar no estádio, me desestresso, passo por momentos de alegria e frustração”. Segundo ela, nunca está calma, sempre fica agitada e nervosa ao chegar no estádio. Marion acredita que no estádio o sentimento de todos é o mesmo e todos são iguais, - menos a torcida adversária -, conta aos risos. “Posso chorar, rir, gritar e xingar sem me preocupar com quem está ao meu lado”, finaliza.

Para a estudante de nutrição Leandra Rocco, 21, torcer para um time de futebol e frequentar estádio é uma relação difícil de explicar. “Às vezes saio do estádio muito brava e até penso em não ir mais, aí chega o próximo jogo e eu estou lá novamente”. A estudante já chegou a deixar de ir em passeios e festas para estar no estádio e conta também que essa relação interfere em alguns princípios da sua vida como por exemplo, não usar nenhuma cor que remeta ao time adversário. Leandra se considera extremamente nervosa ao ver uma partida e não consegue parar nenhum minuto. “Meu lugar é no alambrado, na frente da torcida organizada cantando o jogo todo, faça chuva ou sol”, ela ressalta também que em alguns jogos prefere outros lugares mais calmos do estádio.

Segundo a psicóloga Fernanda de Ferrante, a relação que essas mulheres estabelecem com o time e o estádio de futebol está possivelmente ligada a um processo de identificação, formado em algum momento de sua socialização, seja porque sua família, companheiro ou amigos a apresentou. “Neste processo, o time em questão torna-se parte da história dessa pessoa e a mobiliza em direção a ações que visem satisfazer seus ideais de conquistas e sucesso”. A psicóloga ainda explica que os sentimentos compartilhados pelos torcedores em geral nos estádios está ligado ao que na psicologia chamam de mente grupal. “Existem algumas características que são comuns a esta situação, primeiramente a pessoa torna-se anônima, pertencente a um grupo maior, ou seja, a mulher ou homem deixam de ser eles mesmos e passam a ser a torcida de “tal” time, assim, tem liberdade para expressarem sentimentos dentro dos estádios, algo que não teriam caso estivessem fora do grupo”, explica. 

Nesse assunto que envolve as mulheres com os estádios, muitos homens amantes do futebol como o gerente John Lenon Breda, 25, vê com bons olhos as mulheres nas arquibancadase espera que isso cresça cada vez mais. “É sensacional a participação delas nos jogos cantando, vibrando, emocionando e fazendo parte de todo esse espetáculo”, afirma. 

O sentimento das mulheres pelo mundo afora ao futebol e seus estádios, as vezes, quebram barreiras. Em 2011, pelo campeonato turco, no jogo entre Fenerbahce e Manisaspor os torcedores foram impedidos de entrar no estádio Sukru Saracoglu por causa de uma punição por atos de violência, diferente do que acontece no Brasil, no qual em situações assim o time joga com portões fechados, a Federação Turca de Futebol acabou permitindo a entrada somente de mulheres e crianças de até 12 anos, um público estimado de 41 mil pessoas lotaram o estádio.

Por falha nas fiscalizações da polícia, leis em estádios não são cumpridas


Torcedores que insistem em burlar regras em dias de jogos e por vezes, sem saber, acabam fazendo vítimas.








Por: Angélica Pimenta


O estatuto do torcedor, em seu artigo 41-B parágrafo primeiro, dispõe que é proibido “portar, deter ou transportar no interior do estádio, em suas imediações ou no seu trajeto, em dia de realização de evento esportivo, quaisquer instrumentos que possam servir para a prática de violência num raio de 5.000 (cinco mil) metros ao redor do local de realização do evento esportivo.’’ Porém, na prática, nem sempre é o que acontece.

No último sábado, dia 31 de outubro, no jogo entre Coritiba e Figueirense no Estádio do Couto Pereira, uma das repórteres do CN – Vida de Estádio teve um corte profundo no pé, após pisar numa garrafa de vidro quebrada que estava na calçada em frente ao local. Depois de ficar aproximadamente 40 minutos esperando o Siate, foi encaminhada para o hospital. Em entrevista, o delegado da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), Clóvis Galvão Gomes, afirmou que é proibido o porte de garrafas de vidro nas proximidades do estádio e que quando a polícia percebe que alguém está portando, imediatamente é dado voz de prisão.

Em contato com a prefeitura de Curitiba, a atendente, Jessica Siqueira da central de atendimento 156, informou que a prefeitura tem somente a responsabilidade com a limpeza das calçadas.

Mesmo com a lei que proíbe os torcedores de entrarem em estádios de futebol portando garrafas de vidro ou qualquer outro objeto cortante, isso não impede que torcedores cheguem até lá com bebidas em garrafas de vidro, o que pode ser perigoso e causar acidentes por quem transita aos arredores dos estádios.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Não basta torcer, é preciso fazer parte da torcida

Mulher é uma palavra que não tem uma definição concreta, cada uma tem sua personalidade, um jeito de se vestir, de cuidar, amar, e até mesmo de torcer. Dessas diferenças resultam dificuldades de construir uma nova identidade, e os obstáculos que uma mulher contemporânea enfrentou em seu passado, sendo a primeira integrante do sexo feminino na Torcida Organizada Os Fanáticos.

Dona de uma personalidade tranquila, ela adora ir aos estádios para se emocionar com seu time e vibrar com a torcida. Sueli Teresinha Czaikowski, 55, entrou na torcida em 1978. Sua história nos jogos do Atlético se iniciou em 1976, indo às partidas de futebol com um amigo da família, porque mulher nessa época não ia ao estádio, ainda mais desacompanhada.

Sueli conta que nunca chegou a sofrer algum tipo de preconceito naquela época, mas tinha mulheres que mesmo indo acompanhadas de seus namorados a torcida xingava, “Como eu conhecia o pessoal da torcida e entrava junto com eles, nada me acontecia, eu era respeitada porque eu impus o meu valor. Evitava falar palavrões e me portava de maneira profissional e com muito amor ao meu time.” Conta

Além de ir ao estádio, seu hobby é cozinhar, onde se sente uma mulher livre para fazer suas receitas. Atualmente Sueli não faz mais parte da torcida, foi ex-dona de uma microempresa e atualmente trabalha com arte, fazendo pinturas em portas.

O perfil da mulher atleticana é ser forte, guerreira e se impondo com respeito em um lugar onde foi conquistado aos poucos, com cada detalhe que faz diferença na sociedade. Não importa se é pintora, médica, professora, dona de casa, a mulher tem seu valor em qualquer ambiente e é o motivo de admiração para todos.





Estádios se firmam como espaço de manifestações de solidariedade, mas também de xenofobia


Na Europa, demonstrações de carinho e acolhimento para os refugiados contrastaram com mensagens de ódio. Tema também está presente em estádios do Brasil e Paraná

por Guilherme Pinheiro dos Santos

Com a maior crise de refugiados acontecendo desde a Segunda Guerra Mundial, o problema tem sido debatido nos mais variados ambientes e os estádios de futebol não ficaram de fora. Em nível internacional, nacional e estadual, os estádios têm sido cenários de demonstrações de amor e ódio para um povo devastado pela guerra civil e o extremismo religioso.

São espaços que reúnem milhares de pessoas em um espaço único, de forma simultânea e com carregada carga emotiva. Fatores que, somados, culminaram em mensagens que se espalharam rapidamente pelas torcidas de times europeus, de Portugal à Alemanha: “Refugees Welcome”, ou “refugiados bem-vindos”.

Com cartazes e faixas em variados tamanhos e cores, torcedores se posicionaram política e socialmente em uma questão que trouxe à tona problemas da própria população européia, como a xenofobia. Não por acaso, com o crescente número de sírios, iraquianos e do oriente médio afetadas pelo crescimento do Estado Islâmico na região indo para a Europa, começaram a aparecer as primeiras manifestações contra o acolhimento dos refugiados. 

Dizeres como “Refugiados NÃO SÃO bem-vindos” e “Refugiados: Vão Embora” puderam ser vistos em estádios da Eslováquia, Polônia, Alemanha e até Israel, país vizinho da Síria e cujos confrontos históricos geraram um ressentimento em relação aos mulçumanos.

No Brasil, felizmente, por enquanto, os exemplos têm sido positivos. Em setembro, cerca de 100 refugiados sírios assistiram, em Santos, a vitória do time da casa por 3x1 contra o Internacional.

“O Santos já parou uma guerra nos tempos de Pelé e agora recebe os refugiados sírios. Um golaço do Santos. Muito obrigado por tudo que estão fazendo por essas pessoas. Será novamente um dia muito feliz na vida de todos nós”, declarou na época do jogo Amer Masarani, presidente da ONG Oásis Solidário, parceira na iniciativa e que presta assistência aos refugiados no país.

Em terras paranaenses, a primeira ação partiu do Atlético, que no dia 27 de setembro, em confronto contra a Ponte Preta pelo Campeonato Brasileiro, decidiu reverter R$ 1 de cada ingresso vendido para a campanha humanitária em favor dos refugiados sírios. Em nota à imprensa, a diretoria rubro-negra disse “ter aderido à campanha iniciada pelo clube Porto, de Portugal”, em uma prova de que a solidariedade humana pode superar barreiras geográficas e clubistas.




Até onde vai a religião do futebol?




 
Por Pedro Dutra

A paixão incontrolável pelo time do coração faz com que, muitas vezes, o futebol seja equiparado à religião, termo que significa uma manifestação coletiva cujo culto é vinculado a uma instituição, conhecida como igreja. Mas será que para todos o futebol e a religião se discutem?

O futebol para muita gente preenche as características religiosas: fé, entusiasmo, calor, exaltação, um campo de força e uma permanente aposta de que seu time vai triunfar. Quantas vezes já vimos torcedores fazendo o símbolo da cruz quando o jogo começa, se ajoelhando e rezando em uma disputa de pênaltis.

Para alguns a religião e o futebol estão tão ligados que vale até mesmo em época de quaresma (período em que os cristãos se dedicam à penitência em preparação para a Páscoa) se abster do futebol. Foi o caso da coordenadora de radiologia do hospital Evangélico e fanática pelo Coritiba, Daiane dos Santos, que decidiu fazer a abstinência de futebol na época de Quaresma. Segundo a torcedora, que já havia feito nos anos anteriores jejum de refrigerante e carne, o de futebol foi o mais difícil, até pelo fato de seus amigos sempre comentarem sobre futebol e de ficarem provocando ela ao perguntar se ela viu os gols da rodada passada, “Ninguém ajudava, pelo contrário, para me provocar ficavam perguntando se eu tinha visto os gols, os lances, eu quase surtava” conta a coxa-branca.

Outra parte difícil nesses 40 dias foi mudar a sua rotina. Sempre antes de sair da cama, Daiane via as atualizações das redes sociais e abria os aplicativos de esporte para acompanhar algumas novidades do dia, “Eu tenho um ritual de manhã, antes de sair da cama, vejo as atualizações das redes sociais e abro meus quatro aplicativos de esporte para ver as notícias do meu clube. Nessa Quaresma apaguei todos, trocava de canal quando falava de futebol, saia de perto ou mudava de assunto quando alguém estava comentando alguma coisa.”.

Questionada se iria realizar mais uma vez o jejum de futebol a torcedora não hesitou em falar “Se eu faria novamente? Jamais! Fico sem café que é bem difícil, mas jamais farei jejum de futebol!”.



Melhora no relacionamento entre diretorias da dupla Atletiba traz benefícios aos clubes


Além dos patrocínios em conjunto, times voltam a compartilhar seus estádios após 10 anos



Por Marcelo Cavalli

Desde que Rogério Bacellar assumiu a presidência do Coritiba no final de 2014, as relações entre a dupla Atletiba mudaram completamente. Mário Celso Petraglia, presidente do Atlético Paranaense, aproveitou a derrota de Vilson Ribeiro de Andrade, com quem cultivava discordâncias, para diminuir a distância do arquirrival alviverde e criar um ambiente que beneficiasse ambas as instituições.

A partir dessa reaproximação, durante o ano de 2015 os dois times de maior tradição do estado conquistaram patrocínios que não conseguiram anteriormente quando as diretorias estavam afastadas. São os casos do acerto com a “TIM” para ser estampada nos números das camisas rubro-negras e alviverdes, e também a parceria conjunta com a “99 táxis”.

Na entrevista coletiva de anúncio das parcerias, o presidente atleticano comemorou a união da dupla. “Essa parceria contribui para o aumento de arrecadação do Atlético. Ter o Coritiba junto nessas ações fortalece ainda mais a união do futebol paranaense”.

Já o presidente coxa-branca lembra da crise econômica para reafirmar a importância de parcerias como essas. “Mesmo diante da dificuldade econômica que passa o país, o Coritiba fechou três patrocínios para uniforme durante a temporada”, conta. Troca de estádios deve acontecer com maior frequência

O último jogo do Atlético Paranaense no Couto Pereira foi em 2005, contra o Fortaleza. Uma década depois, o furacão voltou a disputar uma partida como mandante no Major, contra o Grêmio em jogo válido pelo Brasileirão 2015. O presidente do Atlético afirma que existirá cooperação entre os clubes.

O ajuste entre os clubes foi pautado pelo princípio da mutualidade, com a previsão de utilização também pelo Coritiba, em eventual necessidade, do Estádio Atlético Paranaense, informa o clube através de nota oficial.

Essa falta de união entre os clubes já prejudicou o Atlético no passado, quando o clube chegou à final inédita da Copa Libertadores da América, mas por conta das divergências entre as diretorias da época o Furacão precisou mandar seu jogo (o 1º da final) em terras gaúchas, no Beira Rio.

A dupla Atletiba também está junta também na organização da “Liga Sul-Minas-Rio” ou “Primeira Liga”. As duas equipes estão confirmadas para a primeira edição do torneio, que acontece em 2016.




LEVIR CULPI, DE CURITIBA AO JAPÃO




Por Pietro De Lazzari

Técnico de futebol, escritor e dono de restaurante, Levir Culpi , atual técnico do Atlético-MG, vive grande fase com o Galo nesta edição do Campeonato Brasileiro e comanda, de longe, os empreedimentos na capital paranaense. Aos 62 anos, o curitibano acumula passagens por Atlético-PR, Coritiba e Paraná. Além de Cruzeiro, São Paulo, Palmeiras e Cerezo Osaka, do Japão.

Natural de Curitiba, mas com grande vínculo com os clubes mineiros, principalmente a Raposa e o Galo (clube atual) , Levir encontrou uma maneira diferente de criar raízes na cidade, utilizando sua experiência profissional como base. O treinador é dono de dois restaurantes: “Tempero de Minas e Azuki Sabores do Japão”.

Comida mineira e japonesa, culinárias completamente distintas, mas que viraram uma das paixões do técnico fora do mundo do futebol. Seu prato favorito são vaca atolada e feijão tropeiro. “O Levir gosta muito de comida japonesa também. Ele gosta de quase tudo, mas principalmente de comer bem”, diz Marília Culpi, esposa do treinador.

O interesse pela culinária oriental veio em 2007, após o retorno de Levir ao Japão, quando assinou com o Cerezo Osaka, em sua segunda passagem pelo Oriente. O restaurante completará sete anos no início de 2016.

‘PROIBIDO’

Vitorioso por onde passou, Levir já trabalhou nos três grande clubes de Curitiba, mas não tem o aval da família para retornar a terra natal e comandar um time da capital novamente. “Os torcedores não sabem separar o que é trabalho no futebol com o negócio dos restaurantes”, conta Marília Culpi, que também administra os estabelecimentos.

Apesar de nunca ter sofrido ataques de “torcedores”, ela conta que frequentemente ouve reclamações de clientes por maus resultados obtidos pelo treinador, independentemente do clube que o marido esteja trabalhando.

“UM BURRO COM SORTE?”

Em 170 páginas e mais de 40 anos de carreira, Levir Culpi lançou sua biografia, que fala desde a sua infãncia até o período que viveu no Japão. O evento aconteceu em Curitiba, em julho de 2014.

Com um tom de comédia, Levir conta de onde surgiu o título, que faz uma alusão a um episódio ocorrido em 1992, quando dirigia o Criciúma, de Santa Catarina.

Sem fins lucrativos, toda a arrecadação da biografia com patrocinadores e vendas foi destinada ao Instituto de Pesquisa Pequeno Príncipe, em Curitiba.

FUTURO



Na vice-liderança do Campeonato Brasileiro, atrás apenas do virtual campeão, Corinthians, o técnico Levir Culpi admitiu o interesse em continuar no Galo Mineiro em 2016. O contrato do treinador termina em dezembro deste ano.

Uma questão de espaço e respeito

Com o advento da internet e da rápida troca de informações, a imprensa esportiva perde sua influência nos estádios

Por Felipe Augusto Nascimento

Já se foi o tempo em que a principal fonte de transmissão de partidas de futebol era o rádio. Não que este meio tenha se apagado completamente, ainda existem inúmeros brasileiros que optam por acompanhar as partidas através das vozes de seus narradores preferidos.

No entanto, o espaço fornecido a estes profissionais do jornalismo esportivo vem diminuindo com o tempo. “Antigamente era assim, a gente chegava no estádio, não precisava nem ter ingresso. Se era da imprensa a entrada era liberada. Hoje já não é mais assim, semana passada mesmo, no jogo do Paraná Clube eu fui barrado na portaria, mesmo apresentando a carteirinha de jornalista esportivo”, comenta José Hidalgo Neto, ou “Capitão Hidalgo”, que atualmente trabalha como narrador esportivo na rádio Evangelizar.

Para o comentarista e cronista esportivo Isaias Nessa, que atua na área a mais de 20 anos, “o jornalista esportivo precisa recuperar a sua ‘fama de mal’. Em 1993 a gente ia fazer entrevista com jogador dentro de vestiário, dentro do quarto de hotel, cinco minutos antes de subir no campo. E as perguntas eram feitas para constranger mesmo! Hoje tem que ser pergunta rasa e só durante a coletiva de imprensa. Isso se o jogador responder. ”

Em compensação, o constante avanço da tecnologia possibilitou que o trabalho destes profissionais se tornasse mais rápido e eficiente. “Para realizar uma entrevista em campo era preciso, no mínimo, um cabo de 20 metros. Isso se você tivesse um equipamento de captação de som por perto”, comenta Hidalgo, que afirma, ainda, que a praticidade deu lugar ao comodismo. “Não nego que era exaustivo carregar toda aquela parafernália de equipamento, mas pelo menos nós trazíamos um conteúdo relevante para o ouvinte. "

Quando questionados sobre o espaço fornecido para a imprensa em jogos de futebol, a direção do Couto Pereira afirmou que existe uma área determinada para jornalistas de todos os fins, sejam eles cronistas, comentaristas ou narradores. No entanto, seguindo os novos padrões de segurança implementados pela FIFA, locais como vestiários são reservados apenas para os jogadores.

Qual o futuro da Vila Capanema?


Até o momento a nova audiência para a decisão ainda não foi marcada




Por: Polianna Marcelino

Em janeiro de 2014, a prefeitura de Curitiba apresentou um projeto onde transformaria o estádio Durival Britto e Silva em um centro administrativo. Hoje os departamentos da prefeitura encontram-se espalhados pela cidade em lugares locados.

De acordo com o Secretário Municipal de Governo, Ricardo Mac Donald Ghisi, o departamento teria as construções todas voltadas para a sustentabilidade e teria a capacidade para acomodar sete mil funcionários, que atualmente trabalham espalhados por toda a capital. 

“Trazendo todos os departamentos da prefeitura para um único lugar, teríamos uma economia grande nas áreas de infraestrutura como: limpeza, manutenção, segurança entre outros”, afirma o secretário. 

O torcedor, Lauro José Tatarin, 61, comenta que se o caso for para melhorar de alguma forma a situação do Paraná ele não vê problemas nessa mudança, mesmo que para isso seja necessário abrir mão do estádio. 

“É valido sim, desde que haja a certeza da recuperação da saúde financeira e estrutural do clube, sendo assim disponibilizar de qualquer sede ainda existente sou favorável”, diz Tatarin. 

A obra teria duração de dois anos e meio e seria paga com o dinheiro utilizado atualmente para pagar as locações desses espaços. O clube em contrapartida receberia a doação de uma nova praça esportiva, localizada no bairro Boqueirão. 

Porém, o projeto ainda não pôde sair do papel, já que o estádio está sendo disputado na justiça pelo tricolor e também pela Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA).

Em julho a audiência que definiria o futuro do estádio foi adiada, o juiz responsável na época do processo informou que precisava analisar melhor os documentos para ter um parecer correto. Até o momento a nova audiência para a decisão ainda não foi marcada.

Padrão Fifa: exagero ou necessidade?

Arena da Baixada tornou-se um estádio padrão Fifa para sediar a Copa do Mundo de 2014, para alguns um exagero e para outros extrema necessidade.

Por Dayane Sottomaior

As reformas realizadas na Arena da Baixada é um assunto bastante comentado, desde a Copa do Mundo de 2014. O atraso nas obras devido ao aumento no custo da construção, em que o Clube afirma ter sido pego de surpresa, foi um dos temas mais falados durante o período de pré-inauguração.

O Caderno De Encargos da Federação Internacional de Futebol (Fifa), contribuiu para que o orçamento da Arena da Baixada subisse em aproximadamente R$80 milhões. Entre as exigências, estavam: um prédio com cinco mil metros quadrados para abrigar o centro de imprensa, troca de todas as cadeiras, incluindo a dos camarotes, troca do sistema de iluminação, instalação de geradores de luz, contratação de novos projetos, sistema de ar condicionado em diversas áreas e climatização de camarotes, rebaixamento de gramado, novo sistema de irrigação e cobertura de teto.

Muitos se perguntam se a extensa lista de adequação para a nova Arena era de fato uma necessidade do estádio ou um requerimento exagerado da Fifa, que propôs um modelo de arena baseado nos campos europeus.

A equipe do CN – Vida de Estádio conversou com a engenheira civil Alessandra Muxfeldt, que acredita que um estádio que se dispôs a sediar a Copa do Mundo precisa seguir ao pé da letra todas as diretrizes em questão. “Essas exigências impostas pela Fifa são de extrema importância, porque são regulamentações baseadas em anos de estudos e pesquisas sobre as necessidades de cada região. Essas diretrizes visam no fim oferecer uma infraestrutura de melhor conforto e qualidade para os usuários” comenta.

Na opinião da engenheira, o grande empecilho para o sucesso na reforma da Arena da Baixada não foram as exigências da Fifa, mas sim a falta de planejamento na parte orçamentária. “O caderno de encargos da Fifa diz que é necessário adequar alguns aspectos a região, ao tipo de material existente na região e a verba que o país tem para construir aquele estádio, então elas não são tão restritivas. ”

Já a arquiteta e urbanista Carla Armstrong, não concorda que todas as exigências requeridas pela Fifa sejam realmente de extrema importância. Para ela a cobrança deveria ser mais rígida ao redor do estádio. “Acho bem válido que o entorno do estádio tenha suporte para aguentar a demanda do público, como a existência de estacionamentos para carros e ônibus, presença de hotéis e centros comerciais. Mas muitas vezes essas exigências acabam só por dobrar o valor das obras. Outro ponto relevante é a acessibilidade fora do estádio, “não adianta o estádio estar cheio de rampas e banheiros equipados, se as calçadas ao redor não colaboram com os cadeirantes, por exemplo”.

Bloqueio de ruas entorno de estádios gera transtornos e confortos para moradores


Apesar de evitar conflitos em frente as residências a locomoção se torna mais difícil

Por Cinthia Namy Takei

Em dias de jogos, as ruas entorno dos estádios são bloqueadas para melhor acesso dos torcedores, controle policial e evitar atropelamentos. No caso do estádio Couto Pereira, que fica localizado no Alto da XV, os cinco pontos bloqueados são as ruas que dão acesso ao estádio. Dentre elas estão: Rua Amâncio Moro, Rua Mauá e Rua Floriano Essenfelder.

Segundo a policial Keila Tanner Dias, o bloqueio das ruas começa duas horas antes do início do jogo. No Couto Pereira, em média, são 12 policiais que cuidam dos bloqueios. Em dias de Atletiba, o número dobra, são 24 policias reforçando os pontos. A assessoria da Polícia Militar (PM), não recebe muitas reclamações de moradores, pois essas medidas acabam evitando tumultos na frente das residências.

Na Arena da Baixada, que fica localizado no Água Verde, algumas ruas são bloqueadas. Em dias de Atletiba, aumenta o número de pontos que é proibida a passagem de carros. Dentre eles, estão as ruas Engenheiro Rebouças, Brasílio Itiberê, Alferes Ângelo Sampaio e Avenida Getúlio Vargas.

Para a aposentada Suzana Pereira, 52, em alguns casos o bloqueio atrapalha, principalmente quando há jogos nos domingos. A moradora fala que a maior dificuldade é a locomoção. “Atrapalha para sair e chegar em casa. Quando o jogo acaba é ruim, pois aumenta a quantidade de veículos, tornando assim o trânsito mais lento.” Apesar do incômodo, a aposentada não faz reclamação para a polícia, pois é necessário para a realização do evento.

Mesmo com investimento da prefeitura, Praça ainda deixa a desejar



As obras que revitalizavam o local estão atrasadas por conta de licitações

Por Marcelle Nogueira

A Praça Afonso Botelho, localizada em frente a Arena da Baixada, está passando por obras desde a Copa do Mundo. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), responsável pelas obras, reformou o local para funcionar como um estacionamento durante o campeonato, mas o segundo projeto, era de uma praça com muitas atrações para os curitibanos.

A primeira fase de obras que a transformava em um estacionamento foi concluída em março de 2014 e teve um investimento de R$ 1,64 milhão. A segunda parte da obra conta com um investimento por parte da prefeitura de R$ 4,6 milhões. O projeto prevê a construção de uma pista de skate, canchas de esporte, parquinho para crianças e adaptações para garantir a acessibilidade. Também será construído um prédio para uso da Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude.

A praça está para ser modificada desde o fim do campeonato, em julho de 2014. A equipe do CN – Vida de Estádio procurou a prefeitura que alegou que a demora ocorreu por conta da desistência da empresa que iria prestar os serviços, a licitação teve que ser refeita e as obras começaram em fevereiro deste ano, com um prazo de 12 meses para a entrega.

O atraso não agrada frequentadores do local. Para Caroline Krause, 20, “a praça era um lugar que eu ia muito para fins de lazer, reformaram para virar estacionamento, depois começaram de novo, mas não terminam nunca. Eu sempre estava lá com o meu pai e minha irmã, sinto muita falta”.

O torcedor do Atlético Paranaense, Flávio Lopes Cordeiro, 23, ia mais cedo para o estádio em dias de jogos “nós sempre marcávamos de ficar conversando lá na praça, mas agora com as obras, acabo entrando direto. Espero que as obras não atrasem mais”.

Fenômeno mundial tem tudo para decretar o fim do torcedor de ocasião


  

Clubes investem na política de sócio torcedor e inflacionam os chamados ingressos avulsos

Por Anderson Meotti


A dificuldade econômica que o país atravessa tem impacto em todos os setores e o futebol não escapa desse dilema. Se antes os clubes faziam promoções nos preços dos ingressos para atrair os torcedores, na atual situação elas não existem mais.

Em Curitiba, segundo o último levantamento feito pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação sobre o valor dos ingressos chega a 114,47%, sendo a capital paranaense a que possui o preço mais inflacionado entre todas no país.

A política adotada pelos clubes com a implantação do programa de sócios torcedores contribui para esses números. A medida que com o aumento dos ingressos chamados avulsos, força-se o torcedor a se “associar” ao clube de coração.

Uma pesquisa realizada pelo Capital da Notícia, com 130 entrevistados que frequentam os estádios, apontou que 74,5% desses torcedores não vão aos estádios com frequência por conta do valor dos ingressos.

O torcedor do Coritiba, Celso Zancam, 32, costumava ir ao estádio com uma frequência maior, mas, atualmente diminuiu as idas. “Os ingressos subiram demais, pagar para ir ao jogo ficou bem difícil”.

Essa mesma pesquisa também constatou que 67,9% dos torcedores são sócios por irem bastante ao estádio, o que reforça que a ideia dos clubes é justamente trazer mais a torcida com esse projeto de marketing.

Segundo a coordenadora do Procon, Claudia Silvano, a diferença dos valores dos ingressos avulsos e dos planos de sócios caracterizam-se abusivas por parte dos clubes. “Toda essa diferença, induz de certa forma o torcedor a firmar um contrato por um tempo determinado, pode existir a diferença de valores, mas, não exageradamente”, diz Claudia.

Os valores elevados dos ingressos comprados nas bilheterias, é sentido nos bolsos dos torcedores visitantes, que acabam pagando um alto valor quando não fazem parte da torcida de um clube da capital. O preço pode chegar até R$ 140,00 (cada) dependendo o adversário da partida.

Nos clássicos entre os clubes da capital os torcedores em sua maioria são formados por sócios. Com o fortalecimento dessa política pelos clubes, futuras gerações de torcedores ficam ameaçadas, visto que sem lugar nos estádios devido a capacidade de público ficam sem espaço para irem aos gramados.

O sócio torcedor passa a ser maioria nas arquibancadas, a um custo benefício bem convidativo. A tendência é que, futuramente, os estádios curitibanos recebam exclusivamente associados ao clube. De pagantes mesmo, só os torcedores do adversário.

O local sagrado dos apaixonados por futebol

Por: Cristieli Cordeiro



Estádios além de ser o local onde os clubes disputam pela vitória em campeonatos de futebol, carregam consigo um nome do qual tem seu significado. Três nomes. Três historias. Uma coisa em comum, ser o lar dos três principais times de Curitiba e fazer com que todos os torcedores possam sentir diversas emoções e ser o local sagrado dos apaixonados por futebol.




Joaquim Américo Guimarães






O Joaquim Américo Guimarães que foi o idealizador da primeira praça esportiva do Paraná e fundador do Internacional Foot-Ball Club, e deu origem ao Clube Atlético Paranaense. O clube do qual deu origem o homenageou e carinhosamente batizou seu estádio como Joaquim Américo Guimarães, que os torcedores também apelidaram de Arena, Caldeirão e Baixada.
O estádio Joaquim Américo já teve outros nomes que representaram o local. Em 2005, o Clube Atlético Paranaense se tornou o primeiro a assinar um contrato de naming rights. O estádio foi batizado como Kyocera Arena, após a parceria com uma das maiores empresas de documentos digitais. O acordo com a Kyocera durou até 2008.
Neste ano de 2015 o clube rebatizou o estádio que passou de Joaquim Américo Guimarães para estádio Atlético Paranaense ou CAP Stadium, no site oficial do time na área de estrutura, o novo nome já está oficializado.



Antônio Couto Pereira




Antônio Couto Pereira foi um deputado estadual no estado do Paraná, e um grande esportista e representante do Coritiba Foot Ball Club durante o início do clube. Pereira recebeu a patente de Major durante a revolução de 1930, onde atuou como elo entre o Gal. Plínio Tourinho, comandante das forças revolucionárias no Paraná, e Getúlio Vargas. Atualmente o estádio do Coritibaé batizado de Major Antônio Couto Pereira em homenagem a quem deu o ponta pé inicial para a construção do monumento que também é carinhosamente conhecido pelos seus torcedores por Couto, Alto da Glória ou Gigante de Concreto Armado.
O primeiro nome que o estádio recebeu foi Belfort Duarte até o ano de 1956, quando o presidente do clube Arion Cornelsen anunciou a reforma do estádio. As obras foram concluídas em 1977 e então o nome do estádio foi alterado Major Antônio Couto Pereira que permanece deste então.



Durival Britto e Silva




Durival Britto e Silva foi um militar que exerceu os cargos de comandante do 2º Batalhão Ferroviário, de diretor-superintendente da Rede de Viação Paraná - Santa Catarina e também o de e Diretor na Estrada de Ferro Central do Brasil.
Em janeiro de 1947 foi inaugurado o estádio que leva seu nome. Inicialmente o estádio pertencia ao time Clube Atlético Ferroviário logo depois pertenceu ao Colorado Esporte Clube. Seu atual dono é o Paraná Clube que se originou de uma fusão dos clubes Colorado e Esporte Clube Pinheiros. O estádio foi recebeu o apelido de Vila Capanema que foi o nome do antigo bairro onde esta localizado.





Catadores de recicláveis ajudam na coleta nos arredores dos estádios

Segundo os dados do Censo de 2010, cerca de 390 mil pessoas no Brasil se declaram catadores de recicláveis profissionais

Por Gabriella Maciosek e Manoela Tkatch


Nos arredores dos estádios de futebol em dias de jogos, além da multidão de torcedores, nota-se que muitos deles estão consumindo algum tipo de bebida. Discretamente ao redor deles estão as pessoas que trabalham limpando às ruas e o lixo que eles produzem, os catadores de recicláveis.
Dados do Censo de 2010 mostram que cerca de 390 mil pessoas no Brasil se declaram catadores de recicláveis profissionais, porém existem atualmente 600 mil trabalhadores desse tipo no mercado. Por ter uma grande quantidade de pessoas ao redor dos estádios em dias de jogos, alguns catadores têm preferência em recolher materiais nesses ambientes. Dulce Martins, ex-catadora de recicláveis, confirma que em dias de jogos o movimento de pessoas e a quantidade de latinhas aumenta bastante e por isso, mesmo não trabalhando mais como catadora, ainda vai aos jogos para garantir uma renda extra. Um dos materiais que mais recolhe são as latas de alumínio, pelo fato do quilograma (kg) ter um valor maior. Um quilo de alumínio equivale a até 3,80 reais.
Mesmo no mercado em que o material reciclável é o produto principal, existem obstáculos para os catadores, o caso de Dulce representa um deles. É o que explica a empresa M.R Reciclagem. “Como o preço do material reciclável está oscilando muito, e para melhor, as pessoas estão optando por elas mesmas recolherem e fazerem a venda, prejudicando os coletores”.
Mas é importante entender que nem todo material reciclável dos dias de jogos é recolhido pelos catadores e com isso é difícil saber se há um aumento de lixo nesses dias ou posterior a eles. “O material reciclável e o lixo que [os torcedores] consomem [dentro do estádio] é deixado no estádio mesmo, e o próprio [clube] é que tem que dar o destino para esse material, os catadores só pegam o que está na rua ou quando alguém lhe doa esses materiais”, explica Marlene Peroli, da empresa Reciclagem Garcia.
Essa situação é estabelecida pela Lei 11.095/04, em que “ (Art. 92.) Os promotores de eventos culturais, religiosos, esportivos, entre outros, são responsáveis pela limpeza dos logradouros que forem atingidos por resíduos gerados em função da atividade. A limpeza das ruas ou logradouros públicos deverá ser iniciada mesmo durante a realização do evento e sua conclusão efetuada num prazo máximo de até 08 (oito) horas, após o término”.

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A importância dos catadores de recicláveis.
Muitas pessoas não sabem, mas os catadores de recicláveis que você vê quase todos os dias na cidade, aqueles que estão sempre empurrando um carrinho cheio de papelão ou alumínio, que andam em cada canto da cidade e recolhem os materiais recicláveis para vender e tirar sustento disso, podem se profissionalizar nessa profissão. A prefeitura de Curitiba criou um programa chamada EcoCidadão em que as pessoas vão ter seus serviços formalizados em algumas associações aqui da cidade.

Os cidadãos ecológicos, que recolhem os materiais recicláveis nas ruas, têm sua importância ampliada nos estádios de futebol. Além de ajudarem independentemente na limpeza ao redor dos estádios, no ano da copa do mundo no Brasil, em 2014, a empresa Coca-cola contratou diversos catadores de materiais recicláveis profissionalizados para ajudar na limpeza dos estádios, estimulando a economia local. 

Torcedores preferem voltar para casa de táxi para evitar assaltos após jogos que acontecem a noite




Os taxistas registram uma meta de até quinhentos reais por dia de jogo partida

Por Luannah Marrocos

Quem lucra bastante com meio de transporte em dias de jogos são os taxistas. Segundo o taxista Marcos Antônio Zeni, ele e outros demais colegas de trabalho tiram até quinhentos reais em dia de jogo. “Independente do horário dos jogos, as vezes até faltam carros para atender todas as chamadas”, disse Marcos.

Fellipe Rinschede, torcedor do Atlético Paranaense, diz que um dos motivos que leva os torcedores a chamarem por taxis, principalmente após jogos que acontecem a noite, é o risco de sofrerem assaltos. “Uma vez eu e minha namorada estávamos indo pegar um ônibus para voltar para casa após assistirmos um jogo do Atlético na Arena da Baixada e fomos assaltados. Agora preferimos voltar para casa de taxi quando os jogos acontecem a noite”, afirma.

O torcedor do Coritiba, Roberto Tunin, também declarou que foi assaltado em uma das vezes que estava indo pegar um ônibus para ir para casa. “O cara me seguiu até a gente se distanciar da polícia. Chegando perto do ponto de ônibus ele levou dinheiro e celular. Depois disso só volto para casa de ônibus quando vou em jogos que acontecem durante o dia. A noite volto de taxi por ser mais seguro”, conclui.



Usuários de ônibus sofrem com bloqueio de ruas em dias de jogos


Algumas vias são fechadas perto dos estádios pelos órgãos de trânsito. No entanto, isso afeta a vida de quem necessita do transporte público

Por Thayná Peres

A fim de não causar tumulto no trânsito em dias de jogos, os órgãos competentes bloqueiam algumas ruas perto dos estádios, desviando a rota dos automóveis. A liberação para a passagem de veículos só ocorre depois de alguns minutos após o início e término das partidas. Mas mesmo evitando o tumulto, esse bloqueio acaba trazendo transtornos principalmente para quem depende do transporte público que utiliza estas vias.

De acordo com o Guia de Recomendações de Parâmetros e Dimensionamentos para Segurança e Conforto em Estádios de Futebol, o transporte individual deve ter um sistema viário ao redor dos estádios que permita um deslocamento fluido de veículos, tanto na chegada quanto na saída dos complexos. Além de vias suficientes e adequadas, devem-se prever também sistemas de monitoramento eletrônico e de controle que minimizem riscos de congestionamentos e de bloqueio de tráfego, sempre em coordenação e parceria com as autoridades de trânsito.

Para o transporte coletivo, os estádios devem estar preferencialmente localizados próximos a estações de trem/metrô e/ou atendidos por linhas de ônibus provenientes de diversos pontos da cidade. Além disso, a ligação entre os pontos de chegada e os portões do estádio deve dispor de acessos pavimentados, bem iluminados e claramente sinalizados, a fim de facilitar o deslocamento dos espectadores.

Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), no caso de jogos em Curitiba, só realiza operações especiais em clássicos como o Atletiba, para os quais há um bloqueio padrão já formado, com ruas específicas a serem bloqueadas. Algumas vezes há o apoio do Batalhão de Polícia de Trânsito nos bloqueios ou eles mesmos realizam as operações nesses clássicos.

Alexandre Ferreira, 27, conta que já ficou mais de trinta minutos esperando o ônibus passar no ponto perto do Estádio Major Antônio Couto Pereira, mesmo depois da via já estar liberada. “Fiquei um bom tempo no ponto e nada do ônibus, então tive que seguir para a outra avenida onde o meu ônibus passaria mesmo com o desvio. ”

Em dias de jogos é necessário um esforço por parte dos órgãos de trânsito para assegurar um fluxo de tráfego ordenado. Placas de sinalização de vias — permanentes ou temporárias — devem estar colocadas nos arredores do estádio, tornando-se mais frequentes e detalhadas à medida que se aproximem do complexo esportivo.


A visita do Papa ao estádio Couto Pereira

Por: Mayara Cardoso


No dia 5 de julho de 1980 chegava o Papa João Paulo II à Capital do Paraná. O primeiro Papa polonês quando chegou ao estádio Major Antonio Couto Pereira foi recebido à porta da cabana por uma família de imigrantes vestida com trajes típicos da Polônia. Eles o recepcionaram oferecendo pão e sal, assim como é na tradição polonesa.


No Couto Pereira foi realizada a cerimônia toda em polonês para o maior público presente no estádio, aproximadamente 80 mil fiéis paranaenses, que eram, em sua maioria, imigrantes e descendentes de polonês. A maior média de público em jogos após a visita do Papa foi na partida entre Coritiba e São Paulo no ano de 1998, com 68 mil pessoas.




Neste ano de 2015 a visita do Papa João Paulo II completa 35 anos. No Memorial de Curitiba, teve almoço típico, apresentações musicais e missa, tudo organizado pela comunidade polonesa.





Editoria: SUSTENTABILIDADE

Couto Pereira é o único estádio que oferece bicicletário aos torcedores

Por Veridiana Toledo

No ano de 2013, a atual gestão da Prefeitura de Curitiba propôs inaugurar 300 km de ciclovias. Para integrar o novo meio de transporte utilizado e também promover questões sustentáveis, a Lei n.° 14.723/2015, que institui o Selo Empresa Amiga da Bicicleta, estabelece que os clubes da capital paranaense devem dar para seus torcedores a opção de ir ver os jogos e guardar as bikes nas mediações do estádio.
Entretanto, o Estádio Major Antonio Couto Pereira foi o único que disponibiliza esse benefício aos seus torcedores, funcionários e sócios. Em 2012, ano do seu aniversário de 103 anos, o Coritiba inaugurou 56 vagas para estacionamento de bicicletas, juntamente com ferramentas para consertar problemas na sua “magrela”.
Já os clubes Atlético Paranaense e Paraná Clube ainda não contam com tal medida sustentável. Os únicos bicicletários disponíveis aos arredores dos estádios são iniciativa da Prefeitura de Curitiba, uma vez que 5% das vias urbanas destinadas à construção de ciclofaixas e ciclovias, de maneira integrada ao transporte coletivo, independentemente da iniciativa privada.
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