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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Estádios se firmam como espaço de manifestações de solidariedade, mas também de xenofobia


Na Europa, demonstrações de carinho e acolhimento para os refugiados contrastaram com mensagens de ódio. Tema também está presente em estádios do Brasil e Paraná

por Guilherme Pinheiro dos Santos

Com a maior crise de refugiados acontecendo desde a Segunda Guerra Mundial, o problema tem sido debatido nos mais variados ambientes e os estádios de futebol não ficaram de fora. Em nível internacional, nacional e estadual, os estádios têm sido cenários de demonstrações de amor e ódio para um povo devastado pela guerra civil e o extremismo religioso.

São espaços que reúnem milhares de pessoas em um espaço único, de forma simultânea e com carregada carga emotiva. Fatores que, somados, culminaram em mensagens que se espalharam rapidamente pelas torcidas de times europeus, de Portugal à Alemanha: “Refugees Welcome”, ou “refugiados bem-vindos”.

Com cartazes e faixas em variados tamanhos e cores, torcedores se posicionaram política e socialmente em uma questão que trouxe à tona problemas da própria população européia, como a xenofobia. Não por acaso, com o crescente número de sírios, iraquianos e do oriente médio afetadas pelo crescimento do Estado Islâmico na região indo para a Europa, começaram a aparecer as primeiras manifestações contra o acolhimento dos refugiados. 

Dizeres como “Refugiados NÃO SÃO bem-vindos” e “Refugiados: Vão Embora” puderam ser vistos em estádios da Eslováquia, Polônia, Alemanha e até Israel, país vizinho da Síria e cujos confrontos históricos geraram um ressentimento em relação aos mulçumanos.

No Brasil, felizmente, por enquanto, os exemplos têm sido positivos. Em setembro, cerca de 100 refugiados sírios assistiram, em Santos, a vitória do time da casa por 3x1 contra o Internacional.

“O Santos já parou uma guerra nos tempos de Pelé e agora recebe os refugiados sírios. Um golaço do Santos. Muito obrigado por tudo que estão fazendo por essas pessoas. Será novamente um dia muito feliz na vida de todos nós”, declarou na época do jogo Amer Masarani, presidente da ONG Oásis Solidário, parceira na iniciativa e que presta assistência aos refugiados no país.

Em terras paranaenses, a primeira ação partiu do Atlético, que no dia 27 de setembro, em confronto contra a Ponte Preta pelo Campeonato Brasileiro, decidiu reverter R$ 1 de cada ingresso vendido para a campanha humanitária em favor dos refugiados sírios. Em nota à imprensa, a diretoria rubro-negra disse “ter aderido à campanha iniciada pelo clube Porto, de Portugal”, em uma prova de que a solidariedade humana pode superar barreiras geográficas e clubistas.




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