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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Padrão Fifa: exagero ou necessidade?

Arena da Baixada tornou-se um estádio padrão Fifa para sediar a Copa do Mundo de 2014, para alguns um exagero e para outros extrema necessidade.

Por Dayane Sottomaior

As reformas realizadas na Arena da Baixada é um assunto bastante comentado, desde a Copa do Mundo de 2014. O atraso nas obras devido ao aumento no custo da construção, em que o Clube afirma ter sido pego de surpresa, foi um dos temas mais falados durante o período de pré-inauguração.

O Caderno De Encargos da Federação Internacional de Futebol (Fifa), contribuiu para que o orçamento da Arena da Baixada subisse em aproximadamente R$80 milhões. Entre as exigências, estavam: um prédio com cinco mil metros quadrados para abrigar o centro de imprensa, troca de todas as cadeiras, incluindo a dos camarotes, troca do sistema de iluminação, instalação de geradores de luz, contratação de novos projetos, sistema de ar condicionado em diversas áreas e climatização de camarotes, rebaixamento de gramado, novo sistema de irrigação e cobertura de teto.

Muitos se perguntam se a extensa lista de adequação para a nova Arena era de fato uma necessidade do estádio ou um requerimento exagerado da Fifa, que propôs um modelo de arena baseado nos campos europeus.

A equipe do CN – Vida de Estádio conversou com a engenheira civil Alessandra Muxfeldt, que acredita que um estádio que se dispôs a sediar a Copa do Mundo precisa seguir ao pé da letra todas as diretrizes em questão. “Essas exigências impostas pela Fifa são de extrema importância, porque são regulamentações baseadas em anos de estudos e pesquisas sobre as necessidades de cada região. Essas diretrizes visam no fim oferecer uma infraestrutura de melhor conforto e qualidade para os usuários” comenta.

Na opinião da engenheira, o grande empecilho para o sucesso na reforma da Arena da Baixada não foram as exigências da Fifa, mas sim a falta de planejamento na parte orçamentária. “O caderno de encargos da Fifa diz que é necessário adequar alguns aspectos a região, ao tipo de material existente na região e a verba que o país tem para construir aquele estádio, então elas não são tão restritivas. ”

Já a arquiteta e urbanista Carla Armstrong, não concorda que todas as exigências requeridas pela Fifa sejam realmente de extrema importância. Para ela a cobrança deveria ser mais rígida ao redor do estádio. “Acho bem válido que o entorno do estádio tenha suporte para aguentar a demanda do público, como a existência de estacionamentos para carros e ônibus, presença de hotéis e centros comerciais. Mas muitas vezes essas exigências acabam só por dobrar o valor das obras. Outro ponto relevante é a acessibilidade fora do estádio, “não adianta o estádio estar cheio de rampas e banheiros equipados, se as calçadas ao redor não colaboram com os cadeirantes, por exemplo”.

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