Com o advento da internet e da rápida troca de informações, a imprensa esportiva perde sua influência nos estádios
Por Felipe Augusto Nascimento
Já se foi o tempo em que a principal fonte de transmissão de partidas de futebol era o rádio. Não que este meio tenha se apagado completamente, ainda existem inúmeros brasileiros que optam por acompanhar as partidas através das vozes de seus narradores preferidos.
No entanto, o espaço fornecido a estes profissionais do jornalismo esportivo vem diminuindo com o tempo. “Antigamente era assim, a gente chegava no estádio, não precisava nem ter ingresso. Se era da imprensa a entrada era liberada. Hoje já não é mais assim, semana passada mesmo, no jogo do Paraná Clube eu fui barrado na portaria, mesmo apresentando a carteirinha de jornalista esportivo”, comenta José Hidalgo Neto, ou “Capitão Hidalgo”, que atualmente trabalha como narrador esportivo na rádio Evangelizar.
Para o comentarista e cronista esportivo Isaias Nessa, que atua na área a mais de 20 anos, “o jornalista esportivo precisa recuperar a sua ‘fama de mal’. Em 1993 a gente ia fazer entrevista com jogador dentro de vestiário, dentro do quarto de hotel, cinco minutos antes de subir no campo. E as perguntas eram feitas para constranger mesmo! Hoje tem que ser pergunta rasa e só durante a coletiva de imprensa. Isso se o jogador responder. ”
Em compensação, o constante avanço da tecnologia possibilitou que o trabalho destes profissionais se tornasse mais rápido e eficiente. “Para realizar uma entrevista em campo era preciso, no mínimo, um cabo de 20 metros. Isso se você tivesse um equipamento de captação de som por perto”, comenta Hidalgo, que afirma, ainda, que a praticidade deu lugar ao comodismo. “Não nego que era exaustivo carregar toda aquela parafernália de equipamento, mas pelo menos nós trazíamos um conteúdo relevante para o ouvinte. "
Quando questionados sobre o espaço fornecido para a imprensa em jogos de futebol, a direção do Couto Pereira afirmou que existe uma área determinada para jornalistas de todos os fins, sejam eles cronistas, comentaristas ou narradores. No entanto, seguindo os novos padrões de segurança implementados pela FIFA, locais como vestiários são reservados apenas para os jogadores.
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
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Uma questão de espaço e respeito
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